segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ao Inóspito




Hoje uma chuva sublime apossa o meu prazer,
A minha afeição...
Lava uma alma ora incandescente, ora não
Mas revigora-me
Da-se ao meu intuito, um muito honesto
Uma idéia nova...
Onde o surto de sinceridade se expande
Em mim e de mim afora!

Hoje esse ser intuitivo, faz-se presente
Onde só bons olhos puritanos habitam
Regados diante da suave penumbra por entre as árvores,
Faz de mim os acordes de uma canção inocente
Diante da dona dos cabelos dourados,
Faz-se dona também do meu contentamento
O céu – não o acima, mas o adiante – frente aos meus olhos
me permite semelhar e contentar o azul dos seus...

Hoje é o meu, o peito ardente
O que plantou de uma vez a semente
De um amor que é meu e é seu!

Se o “encanto” não for mútuo e pelo contrário,
Inconsequente e imaturo,
Dou-me satisfeito apenas pelo que foi dito,
O amor, na caminhada, sem lastimar eu levo comigo...
Mesmo na solidão do pensamento e de tão doído o castigo
Pois só queria que tu estivesses ciente
Que um dia, um coração, um alguém lhe ofereceu
E você simplesmente abriu mão.