sábado, 4 de outubro de 2008

Porque não?


Ah... Se eu pudesse ser um pouco mais feliz.
Se eu pudesse gritar, se eu pudesse andar nu.
Se eu pudesse falar o que eu penso, chorar não seria preciso,
Se pudesse abraçar, se eu pudesse sorrir,
Tantos estariam comigo.

Se eu pudesse fazer com que todos acreditassem,
Se eu pudesse fazer que meu coração amasse...
Se eu pudesse poder...

Se eles pudessem transformar toda arma em comida
Tantos os que comeriam sorrindo...
Se eles pudessem parar o mundo por instantes
Para que muitos passassem horas dormindo...

Se eles pudessem desfazer essa impotência que me deixa imundo,
Se eles pudessem crer no que eles insistem em dizer pra todo mundo,
Se eles pudessem quebrar a “proteção” que nos isola de tudo.
Se eles pudessem,
Se um dia eu puder...
“Se”.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Compadeça


É quando um peito aflora,
O jardim está esplêndido
Um céu no nosso rumo está anil...

É quando o tempo namora
O desejo das horas...
O destino nos espera,
Sendo ele, tão gentil

É quando o mundo lá fora
Despedaça, vai embora
E tu estás sempre a sorrir

É quando tudo colabora
O sossego revigora
O amor
Quem permitiu viver assim.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

" 'Tudo' em Fraguimentos".


Eu passo, eu faço, eu canso
Eu paro, continuo...
Eu viro, eu assusto, eu grito!
Eu mudo. Meu mundo. De tudo...
Eu falo, eu calo,
Eu falo e falo.
Só calo. Socá-lo!
Me deparo com o estrago, me preparo
Não falho! Eu paro e mato.
Eu em tudo...

Eu quis, eu fiz.
Me fiz...
Me diz, que eu mudo!
Lutando ou cantando
Chorando e olhando
Desfiz do meu mundo

Atriz, a infeliz, que quis pôr por um triz
o talo de tudo.
Me diz, o que quis,
Não culpe-me pelo que fiz
E eu paro com tudo...

O tudo, de tudo
Um tudo o que sou...
Um pouco mais de mim.
Ou o que restou
Seja à ele
Seja à nós
...Os fraguimentos.

Nota: Raramente haverá outra poesia composta por, anáfora, polissindeto, assonância, aliteração etc, ao mesmo tempo, nesse blog. Essa abundância de figuras de linguagem não me agrada. Postei a poesia para alguns amigos que muito pediram...Só a produzi pelo mesmo motivo. Grato.
Luiz Phelipe Fernandes.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Como é mesmo que se diz? ..."É a vida!"


A vida se resume nisso... A vida se resume naquilo... E torna-se uma anáfora ascendente da existência em resumo. Enquanto viver, pelo contrário, só se expande... Humanos, um dia entendo-vos. Próximo a "resumo" seria o fim, que se tratando de condição de existência, és a morte. Por que criar um sentido paradoxal para uma filosofia de vida?

domingo, 22 de junho de 2008

De onde venho não há padrão.




Com licença... Mas, não... Eu não vivo para isso.
Não foi por esse motivo tolo que me despenquei à esse "mundinho".
Aqui, por esse universo, que é o inverso do que eu pensei...
Por esse povo, que não luta.O submundo que se desfez.

"Mundinho" tão disperso. Imundo, insano, ateu...
Bem distante do que eu quero,
onde o seu é seu e o meu também! Que se dane!

Não vou seguir as linhas que a tua norma pede.
O que tanto prestigiam?
Esse sistema tão mesquinho, eu não pude aprender.
Não ensinaram-me a tolice que atuam...

Me desprendo de suas normas,
como caro Andrade o fez
Não o Mário,
mas o Oswald, entre o "sei", o que não sei

Vou seguindo à caminhar, vou viver, vou aculá.
Tens a a chance de seguir-me ou ficar por onde está.
Afinal, eu não sou o teu Deus.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Prepotência




Não há fato que não se prove...
não duvide que eu sou um nobre
Definitivamente, não quero te fazer sorrir.

Escondo-me na arrogância
eu sustento minha ganância,
Por bem, ou não
o "ego" me faz feliz.

Cachê não é problema
crio meus próprios dilemas,
acostume-se, dizem "Deus quem fez assim..."

Inteligência, infelizmente é para poucos
meu mundo, não é dos loucos,
mas ser comum
Não é para mim.

O desprezo à tendências,
o descaso à ciência
os padrões à seguir,
de fato são apenas meus.

O mundo se contradiz,
o que pode ou não fazer-se?
entre as balburdias à minha empáfia
só prevalece o meu dizer.

Dito as regras,
e dou o tom...
Eu imponho, tenho o dom.
A educação vêm do berço,
de Luiz Phelipe Fernandes.

domingo, 27 de abril de 2008

A Peça "Existir"




A vida é o teatro vivido,
O teatro a imita e é recíproco...
No teatro pode haver erros, mas não tem
Na vida já não pode, mas pouco nos convém
"É humano errar..."

A vida pode não fazer sentido
O teatro pode ser confuso e indeciso,
mas os dois tem lá suas razões...
Na vida as exatas, no teatro as "ilógicas"
e as peças seguem bem...

A harmonia deve ser implícita nas atuações
Os diretores cobram
e os espelhos mostram,
As subordinadas ações.

As ordens vêm de todos os lados
No teatro em segunda
Na vida em terceira
Pessoa, a falar, cobrar e agir

Não procure um significado lógico,
ser feliz não está no óbvio
e sim no que não pode existir...

Faça da sua melancolia, sonho próprio
Deixe fluir o mais profundo sentimento utópico,
A plateia vai aplaudir...

Fale e gesticule com sutileza,
Viver e atuar é a mesma coisa, mas não é moleza
As cenas passam, lembre-se que um dia isso vai ter um fim

Na vida, amar é um pouco confuso
No teatro é comum e é difuso
com o que é, ou não, real...
Juntando os trapos e retalhos,
quando se comparam os textos hilários
é "um tudo", igual

A vida demora muito?
Eis os que são impedidos de nascer!
Um ator que não entre em cena,
um coadjuvante que mal vai aparecer...
Ambos são eternos,
independente de ser curto, ou não ser...

..Ser vivo.
Ser...Viva!
Com suas particularidades,
Uma com a outra;
Uma sem a outra;
As duas sem ninguém.
O teatro é infalível
O teatro é incorruptível
mas a vida também!

Na vida procura-se um caminho
No teatro não precisa procurar..
Atue com serenidade, no que tiver que atuar...
Diferentes ou iguais,
Vida e teatro,
Tem cortinas a fechar...
Pois tudo um dia chega ao fim.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

"Vou tirar as correntes..."


Acredita estar em exílio no suposto Marte, ou seria Júpiter?...As portas estão trancadas, a nave não levanta voo...As influências externas não influenciam mais.
Para eles meu planeta é hostil, mas me habituei a dias inteiros nele (faz parte de mim)...Do lado de fora é muito efusivo, não há respeito nem compreensão...
Mentem ao dizer que existe direitos iguais. Nem a discriminação é igual! Evito sentir fome, visitar a Terra não será legal, a viagem é rápida mas muito conturbada. Os lados entram em contradição. "Choques" desnecessários...
Eles insistem, mas minha vida é inacessível...Junto com a comida o brilho reluzente do metal...A agonia do "mal do século" (romancista) na outra mão. As palavras surtem efeito, mas não sou facilmente influenciada, será assim por que eu quero...
...Me vejo em um paradoxo...O golpe é rápido, a dor é devagar, o vermelho sobressai o branco do tapete no chão. Estou livre...